POVOAMENTO
Chegou em 1808, José Joaquim da Silva, oriundo da família Alexandre, carregando na sua consciência o desejo de trabalhar, progredir e montar fazenda de gado, num lugar denominado Riacho do Melão, hoje Coronel Ezequiel.
A história de origem de vários municípios do Rio Grande do Norte é conseqüente de famílias que se fixaram nas caatingas com fazendas de gado, que com o tempo, transformaram-se em povoados, vilas e depois cidades.
Pela necessidade que exigiam o povoado oficial, elas desempenharam funções, as mais diversas, contribuindo assim para o desenvolvimento da comunidade. Funções tais como: fazendo justiça, resolvendo problemas referentes às questões de ordem social e econômica,  nos princípio da ética, em que pudessem desenvolver um bom relacionamento à vida social.
Assim, não foi diferente em Coronel Ezequiel, cujo fundador foi José Joaquim da Silva, oriundo da família Alexandre, do qual não encontrei maiores alusões acerca de sua família e de seus descendentes.
Esse cidadão aparece de repente, desconhecido, de uma tradição até hoje resguardada, trazendo consigo nas veias: a energia e a inteligência, que sem sombras de dúvidas, almejava ver, o lugar crescer e desenvolver.
Sabendo ser José Joaquim da Silva, um homem de progresso pelo seu trabalho e que seu ideal era tornar o lugar onde se sitiou, um núcleo populoso; no futuro povoado foram chegando-se a ele outros moradores que contemporaneamente construíram casas para residência, dentre eles cita-se os nomes de: João Rodrigues da Cruz, José Eustáquio de Oliveira, Manoel Francisco da Silva, Marcos Bernardino, Herculano Mameiro, Cândido José da Silva e dona Joaquina Josina Pereira (D. Quininha).
Primordialmente, a povoação denominou-se de “Melão”, nome que perdurou até outubro de 1938, quando então foi mudada para Jericó, tornando-se distrito de Santa Cruz.. A origem do nome como sempre se dão aos lugares que são originados por acontecimentos ou aspectos físicos, assim também, se deu o nome Melão ao lugar. Melão foi o primeiro nome do lugar. O nome foi dado por dona Quininha, porque na época, esta fruta estava em abundância na vazante do próprio José Joaquim.
Porém, em 1856, a população foi acometida pela grande peste conhecida como “cólera-morbo”, que começava a assolar a região do Nordeste, principalmente, os Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. Essa doença matava em 24 horas. Entretanto, muitas casas ficaram desabitadas pela grande mortandade de pessoas.   Os moradores do vilarejo Melão, depois de cinco anos de sofrimento e doença, decidiram apelar para a fé, então por promessa, José Joaquim auxiliado pelos primeiros moradores, ergue uma capela em 1861, situada bem no centro da primeira rua (Rua Velha – hoje, Manoel Cassimiro Gomes), onde deu  início o vilarejo. E mandou buscar em Recife, a imagem padroeira N. S. do Amparo para a capela, mas, para sua surpresa, a imagem que chegou foi de N. S. do Ó. Então, a pedido de D. Quininha que era zeladora do oratório, José Joaquim deixa a imagem como padroeira do povoado, sendo, que por pouco tempo a imagem não tinha o título desejado. Não se conformando, faz novo pedido, até que chegou a imagem de N. S. do Amparo, a atual padroeira.
Daí em diante, o desenvolvimento começava a dar seus primeiros passos para o futuro e, consequentemente, o povoado começa a ganhar uma nova forma. Pois, surgem os primeiros armazéns para a guarda do algodão, aparecem várias casas nas redondezas, foi construída também a casa do mercado e no ano de 1925 já existia o alinhamento de três ruas.
Porém, depois da partida de José Joaquim em 1872, d. Quininha se encarrega da Capela e do lugar. Entretanto, em 1905,  chega a Melão o Sr. Manoel Germano, vindo de Curras Novos, o qual, assume a direção do lugar. Era solteiro, e, chegando a Melão, casou-se com uma filha de Cândido José, antigo morador do Melão.
Ao ver algumas necessidades, Manoel Germano, logo toma a iniciativa particular de construir um mercado nas mediações da Rua Velha (Rua Manoel Cassimiro Gomes). O mercado era singelo, e suas portas eram fechadas com duas porteiras. Consequentemente teve a idéia de organizar uma feira no Melão.
Então, surgiram os primeiros comerciantes: Felinto Farias, Abdias Farias, Manoel Moita e outros. O referido mercado construído foi demolido no ano de 1925.
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
O povoado de Melão foi elevado à categoria de distrito de Santa Cruz em outubro de 1938, passando a ser chamado oficialmente de Jericó. Cinco anos depois, em dezembro de 1943, o distrito retornou ao seu nome inicial, Melão. Porém, no dia 11 de dezembro de 1953, o então Governador, sob a força da Lei nº 1.029, Coronel Ezequiel conquistou a sua emancipação política, desmembrando-se de Santa Cruz. O município foi instalado em 11 de dezembro de 1954, e no dia 21 do corrente,  ocasião que tomou posse o primeiro prefeito João Damasceno filho, nomeado pelo Governador do Estado. O novo nome do município deve-se a uma homenagem ao Coronel Ezequiel Mergelino de Souza (1966-1953), sendo filho natural de Araruna-PB, um político e um empresário bem sucedido da cidade de  Santa Cruz-RN, proprietário da Empresa Ezequiel Mergelino de Souza, de beneficiamento de algodão.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
* LOCALIZAÇÃO – O Município de Coronel Ezequiel está localizado na Microrregião da Borborema Potiguar, na Zona Agreste, no sul do Estado, estando exatamente a 146 Km da capital e a 128 Km da cidade de Campina Grande-PB. Com uma área territorial de 185,75 Km2, que equivale a 0,35% da superfície estadual. Com uma altitude de 584m acima do nível do mar (sede). Sua Latitude: 6º 22’57” Sul e Longitude: 36º 12’53” Oeste.
* LIMITES – O município tem suas terras os seguintes limites: Ao norte, com Campo Redondo e Santa Cruz; ao Sul, com Jaçanã; ao Leste, com São Bento do Trairi; ao Oeste, com Picui/PB.
Distâncias em relação a algumas cidades:
Coronel Ezequiel a Natal (Capital) – 146 Km
Coronel Ezequiel a Jaçanã – 07 Km
Coronel Ezequiel a Santa Cruz (cidade pólo da região) – 31 Km
Coronel Ezequiel a Campo Redondo – 21 Km (pela antiga estrada do sal)
Coronel Ezequiel a São Bento do Trairi – 46 Km
ASPECTOS POLÍTICOS
1- Primeiro Prefeito: O Militar João Damasceno filho (nomeado) – Gestão de 21.02.1954 a 31.01.1955.
2- Primeiro prefeito eleito: José Pedro de Farias – Gestão 31.01.1955 a 31.01.1960. Tendo se afastado do cargo por 30 dias, quando assume o seu vice-Prefeito o Sr. José de Mata da Fonseca.
3- Severino Farias da Costa – Gestão 31.01.1960 a 31.01.1965
4- Cleonice Farias – Gestão  31.01.1965 a 31.01.1970
5- José Lopes de Araújo – Gestão 31.01.1970 a 31.01.1973
6- Severino Farias – Gestão 31.01.1973 a 31.01.1977
7- Maria das Neves Rodrigues Santos – Gestão 31.01.1977 a 31.01.1983
8- Genival Marques de Macedo – Gestão 01.02.1983 a 18.04.1987
9- Antônio Faustino da Costa – Gestão 18.04.1987 a 31.12.1988
10- José Quincas – Gestão 01.01.1989 a 31.12.1992
11- Antônio Faustino da Costa – Gestão 01.01.1993 a 31.12.1996
12- Genival Marques – Gestão 01.01.1997 a 01.01.2000
13- Antônio Faustino – Gestão 01.01.2001 a abril de 2003
14- Michelly Buarque – Gestão abril de 2003 a 31.12.2004
15- Michelly Buarque – Gestão 01.01.2005 a 31.12.2008
16- Cláudio Marques de Macêdo – Gestão 01.01.2009 a 31.12.2012
17- Adailton tavares da Fonseca - Gestão 01.01.2013 a 31.12.2016 
Desenvolvido por Antonio Ricardo (Tota)

Fonte: Entrevistas, pesquisas em documentos históricos, locais e da região.